Que horas são agora?

domingo, 15 de maio de 2011

Desenvolvimento pessoal na velhice

A velhice, comummente relacionada com a idade cronológica e, por consequência, com a última etapa da vida é, tendencialmente, associada ao declínio, à perda de capacidades, à decadência e dependência, a uma fase de não-desenvolvimento. Apesar da concepção vulgarizada de que o desenvolvimento se conclui na idade adulta, a figura do velho/idoso surge também associada à ideia de maturidade, experiência, sabedoria (complexa e multifacetada)  de integridade máxima. Sabe-se, hoje, que é possível manter e/ou adquirir capacidades de adaptação a novas situações, ao longo de toda a vida. Tudo depende das estruturas adquiridas nos diversos estádios, numa sequência progressiva, integrativa e qualitativa e, por inerência, da compreensão pessoal que se vai alcançando. Nessa conformidade, apesar de alguma ambivalência, pode depreender-se que a última etapa da vida pode encerrar um elevado grau de desenvolvimento, fundamentado num saber consolidado, na realização plena do indivíduo, evidentemente, de acordo com as suas possibilidades específicas.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Avaliação AF 2C - Adolescência


Constata-se que é cada vez mais difícil participar em todas as actividades formativas. As solicitações são imensas, o que torna problemático gerir, de forma cabal, tanta prioridade em simultâneo.
Há actividades a que também não me é possível corresponder. Nesta, tentei desdobrar-me um pouco mais e fiz questão de intervir, pese embora o facto de o feedback não ter acontecido e, eventualmente, se terem verificado algumas falhas relativamente ao pretendido. Valeu, quanto mais não seja, pela intenção.   
Reconhece-se que há turmas mais intervenientes. Porém, cada um de nós tem razões, certamente de sobra, para uma não participação tão expressiva. Creio, no entanto, que todos estamos perfeitamente conscientes que a partilha é imprescindível para a aquisição/estruturação de mais e melhor conhecimento.    

Adolescência - 3

3. Como futuro técnico de educação, que problemas identifica como prioritários na intervenção com adolescentes?
A adolescência é um estádio de mudanças comportamentais profundas, de interrogações e conflitos, com variáveis internas (processos inatos) e externas (influência do meio), sendo a família, a escola, os amigos o suporte, os pontos de referência do jovem. Como mãe e futura técnica de educação considero essencial o diálogo, o debate de ideias, tentando obviar os eventuais desencontros geracionais. Nesta etapa, existe o apelo para a procura da identidade, a autonomia, para a repetição de modelos. Assim, há uma responsabilidade acrescida, por parte da família (e da sociedade), para a transmissão de valores, padrões de comportamento construtivos, sendo os exemplos/o meio ambiente que mais influenciam e contribuem para a construção da personalidade, apreendidos e interiorizados desde cedo. O acompanhamento/perspicácia familiar (e social) são imprescindíveis. Contudo, esse sentido de alerta deverá ser bem reflectido, doseando controlo/liberdade/responsabilidade, flexibilidade/autoridade, atenção/confiança, num exercício verdadeiramente ponderado, nem excessivamente permissivo, nem o oposto, o chamado «bota-de-elástico».

Adolescência - 2

2 . Que memórias tem da sua adolescência? Se comparar a sua adolescência com a dos jovens de hoje, o que considera ser semelhante? E melhor? E pior?
O mundo actual transforma-se a uma velocidade abismal. A rapidez da informação/telecomunicações/internet/viagens aéreas e a inerente diminuição das distâncias, anuncia uma nova visão da humanidade, das relações, nomeadamente nesse estádio de desenvolvimento que é adolescência. As diferenças são profundas quando comparadas com uma adolescência vivenciada há tempos atrás, onde a informação escasseava e muitas representações sociais surgiam, frequentemente, de forma incoerente. Contudo, esta explosão tecnológica pode estimular os mais ousados, mas também intimidar os mais frágeis. Ao nível da socialização pode atingir formas notáveis de interacção/solidariedade, mesmo em acções desenvolvidas a distância, mas a sua utilização terá que ser disciplinada, envolver atitudes conscientes, assentes em valores humanos, respeito por si próprio e pelo outro, não dar azo ao isolamento. O fundamental será que, em qualquer momento histórico, sempre que os jovens se deparem com novos desafios, não se confrontem com grandes desfasamentos entre a maturidade biológica e a maturidade social.

Adolescência - 1

1. Se tivesse que descrever um adolescente, que características enunciaria como fundamentais?
A adolescência é, na generalidade, um período de maturação, considerado de transição rápida por ser um estádio de desenvolvimento pautado por mudanças físicas, psicológicas, afectivas e sociais muito acentuadas.
É um tempo de adaptação a novos desafios, de procura de identidade, autonomia, marcado por alguma agressividade/confusão/instabilidade. A dificuldade não estará propriamente na mudança, mas nessa transição para a mudança.
No adolescente o culto do corpo surge como um factor de grande relevância, prioritário até, dado que a aparência física e a imagem são, hoje, bastante valorizadas socialmente. É, contudo, nesta fase que o pensamento se torna mais complexo e eficiente, o que leva o indivíduo a ter uma maior capacidade de análise face aos diferentes aspectos da vida e, também, a uma maior consciência de si mesmo.
Actualmente, verifica-se que é um período bem mais alargado, de maior protecção/dependência parental, face às transformações políticas e sociais verificadas nas sociedades contemporâneas.